segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Calmamente!


Sinto escapar pelos dedos
Aquilo que queria para mim.
Já há outros olhares,
Outras direções.
Meu coração se desapega.
Minha alma se acalma.
Tua ausência normal,
Incomoda menos que outrora.
Me acostumei com seu modo de ser.
Revolvi olhar para dentro de mim
E reencontrar o que sempre fui.
Dias, meses, anos passam.
A esperança ainda existe,
Mas a realidade me mostra,
Pouca coisa mudou!
Quanto tempo mais a esperar?
Tão incerta é a resposta.
O melhor é colocar em standy by.
Se vieres, ficarei radiante.
Ainda há sentimentos,
Porém não podem nortear minha vida.
Meu corpo emprestado por Deus,
Tem prazo de validade incerto.
Minha alma ainda procura e espera
Alguém que me ame como eu mereço.
Onde estará esse alguém?
Quem é esse cara?
Me ligue.
Toque a campainha.
Alô!!!  ou
Pode entrar!!!


Irene Freitas
26/11/2012

Gracias!

A chuva é fina.
A noite é fria.
Já é madrugada.
Há silencio.
Há sorrisos,
Um coração feliz.
Palavras de lembrança.
Se não há amor de um lado.
Existe amor do outro.
E assim descobrimos,
Que marcamos alguém.
Isso é tão bom!
Vou dormir feliz.
Obrigada...
Você sabe quem!
Sem dizer teu nome,
Vou me despedindo da noite.
Esperando o amanhã.
Sempre um novo dia,
Possibilidades e paixões.
Boa noite...
Beijos de montão!

Irene Freitas
26/11/2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Lágrimas na distância!


Um toque urbano moderno
Traz até mim uma mulher que sofre
A amiga de longa data,
A companheira de viagens,
Minha psicóloga particular.
Meu ombro amigo onde choro
As minhas dores persistentes
Dores de amar sem ser amada.
Hoje sou seu ombro,
Sou a audição paciente,
A razão em vez da emoção.
Sua voz chegando a mim
Pára por instantes
E então percebo pelo silêncio
Teu choro recomeça com as lembranças.
Com as tantas perguntas sem respostas.
Tanto conviver passado, hoje sem valor.
Tantos momentos felizes, esquecidos.
Por aquele que te causa a dor,
Ferindo sem arma alguma
Teu coração ainda apaixonado.
Esperando o tempo passar,
Para que tudo volte como antes.
Mas os olhos não conseguem ver o óbvio.
Não há, não haverá o retorno.
Corpo e alma choram angustiados,
Contaminam os olhos de quem ouve,
As lágrimas agora  são de ambas,
Por que são dores tão parecidas,
Já sofridas por tantas outras,
Temos sonhos tão simples,
Sonhos de todas as mulheres.
Vocês entenderam o que quis dizer.

Irene Freitas
16/11/2012



domingo, 11 de novembro de 2012

Um lindo dia de sol!



Na folha branca
No silêncio imposto
Na ausência repetida
As palavras certas
Não podem ser escritas.
Há que se ter cuidado
Para não ferir o Outro,
Mesmo que mereça
Todas as lamentações,
Todos os palavrões conhecidos
E buscados nas bocas mais malditas.
A arte não trouxe, ou então
Não aflorou o sentimento
A compaixão, o afeto.
Parece não habitar esse coração.
Olhar altivo, coluna reta.
Onde estão os gestos de carinho?
Pequenas atenções que sejam!
A educação recebida na infância?
Tanto tens na memória,
Mas falta tanto na alma!

Viver é um constante compartilhar.
Eu sei, então ensino.
Eu aprendo com todos.
Se tenho, posso dar.
Se recebo, agradeço o carinho.
Ninguém nasceu da “explosão”.
Houve amor, houve pares.
Corpos se encontrando.
Pequenos elementos se unindo.
Criando seres, pequeninos.
Um corpo materno sustentando.
Dores sentidas, mas alegres.
Uma vida a mais nesse mundo.
Cada momento passado,
Por mais só que tenha sido,
Antes ou depois, houve alguém!
Então, dê valor ao que recebe.
Aprenda a dar também
E, principalmente, a agradecer!
Viva com Paz e Amor na alma.
Repetindo o poeta experiente,
“É impossível ser feliz sozinho.”


Irene Freitas
11/11/2012
22:47