Há um silêncio em mim.
Há dor em meu coração.
Há palavras a serem
ditas,
Mas não as posso
enviar-te
Voltarão pelo mesmo
caminho
Sem chegar à sua alma
insensível.
Não há formas de
dizer-te
Cara a cara, talvez,
nunca mais.
Há lágrimas em meus
olhos
Mas não brotam
facilmente
Pois o objeto desse
momento
Não é merecedor de
minha angústia.
Foram tantos
desencontros
Tantas decepções,
incredulidade!
Sou aquela à qual
feristes,
Com as mentiras, com o
desamor
Com o cinismo de quem
prepara
Cada desculpa, cada
mentira,
Para tornar verossímil
A imagem criada, a
máscara social
Simpático, charmoso,
encantador!
A vida é um jogo, e cíclica.
Nem sempre se conhece
O jogador adversário.
Há surpresas por vir,
Atitudes insuspeitas,
Contatos inimagináveis,
Revelações impensadas.
Ferem ao que feriu
anteriormente.
Enfurece ao que magoou
Desnorteia ao que
brincou
Com almas e corações
alheios,
Sem dó, nem piedade,
Na maior cara de pau.
Ninguém sabe do
futuro.
E o meu presente é um “por
quê?” constante.
Pois minha alma, meu
corpo, meu coração
Não consegue entender:
“Como alguém pode ser
assim!”
No mais, vida que
segue
Para todos os
envolvidos.
Irene Freitas
12/02/2013