quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Encontros e Desencontros!



Encontros inesperados. Sonhados outrora com sorrisos. Cheios de esperança que aconteçam. Suplicados interminavelmente no passado. Então, num momento sem querer, o mundo o traz até mim. Revividos sem temor ou pudor. Momentos bons. Valem lembrar e guardar no coração eternamente. São tão únicos. Tão incertos. Haverá outro momento? Eles se repetirão? Fica a incógnita e a sensação de ter vivido intensamente, sem perder tudo que me foi oferecido com carinho e ternura.

Desencontros com quem se ama. Angustiam,  sem ter data para acontecer o momento bom. É um encontro desencontrado. Tão raros. Tão incompletos. Uma mentira aqui. Um fingimento de acreditar ali. E vou levando sem esperar muito. Deixo passar. O momento contigo é mais importante que o possível futuro. Bem, não há sinais de futuro promissor. Compartilhado. Esperado. Desejado. Programado. O encontro no desencontro é sempre um pequeno momento juntos. Deixo passar e sorrio de alegria momentânea. Felicidade em pequenas atitudes tuas.
Tenho consciência que é somente um encontro carnal, realizado depois de um par de dias e quase na mesma data. Quase um encontro/desencontro carnal a cada mês. Desencontros. Esperas. Ligações sem fim. É um encontro curto. Alguém se ilude com ele (eu) e o outro se ilude com a pretensão de ser o “cara”. Mal sabe do interior do coração que ama. Que conhece muitas de suas mentiras, mas “deixa pra lá”. A vida é um contínuo ritual de encontros/desencontros. Aprendemos. Aprendi, a conviver com eles!

Irene Freitas
23/02/2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Gente descolada!


E no andar da carruagem foram se encontrando nos fios invisíveis. Conversas intermináveis nas madrugadas. Um conhecer de almas não vivido no passado. Agora sorriem, dão gostosas gargalhadas. Cada um no seu silêncio, em encontros noturnos e quase diários. Um cuidar à distância. Um recomeço quase do zero. Adultos, cinqüentões e num pacto sem palavras vão sendo felizes, às vezes juntos, às vezes distantes poucas horas um do outro. Há algo nessa união incompreensível, mas só para quem está de fora. Vai entender esses dois!

Irene Freitas
10/02/2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Te cuida, Sapo!



E no meu reino encantado
O príncipe sempre foi sapo
E a princesa (eu) vive esperando
”dias melhores virão”.
Fiz todas as magias possíveis
O cobri de carinhos e presentes,
Mas ele continua verde e impassível
Tentei enfeitá-lo de rosa, xadrez
Muitas cores e acessórios
Mas o amarelado de sua barriga
Não adere as cores fortes
Tentei feitiços com palavras doces
Mas parecem não tocar
Nem o corpo nem o coração já envelhecido.
Tentei muitos elixires multinacionais
Mas o álcool contido neles
Não fez o efeito esperado.
Tentei todos os toques de saudades
Mas não há retorno alegre para mim.
Nos momentos menos “sapo”
Demonstra só curtir o afeto recebido
Invisível algum gesto de recíproca.
Sai do castelo da princesa boba,
Despedindo-se sem promessas,
Nem um: Voltarei, amor!
E volta para seu brejo solitário,
Onde não pensa em ninguém
Só em si mesmo, (sorrindo)
Com uma vaidade dos bobos,
Esquece que a “princesa” também
Pode ter seu lado “bruxa má”
Saindo por ai com a “vassoura”
A buscar um pouco mais do que
Recebe minimamente, do “sapo”.
Então, sapo vaidoso,
Cuide melhor daquela “princesa boba”
Ela pode te trocar por outro sapo
Mas muito mais carinhoso
Virando um príncipe encantador!

Irene Freitas
09/02/2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Um dia de números pares!


De silêncio fez-se meu dia
E das palavras fez-se a inspiração
Sem notícias...
Ausência...
Saudades...
Espera sem fim...
Calor insuportável...
Decepção...mais uma vez...
Solidão...
Pensamentos em ti...
Reflexões sobre o amor...
Desamor de tua parte...
Compreender o Outro...
Buscar respostas...
No racional...
Sem emoções...
E com isso...tão pé no chão
Para ver a verdade...
Sem lágrimas...
Nem angústias...
Nem tentações...
Somente passar o dia.
Quente, Silencioso e Só...
Sem ti...mais uma vez.
E corpos impares!

Irene Freitas
04/02/2012