domingo, 31 de julho de 2011

Amanhã, a luta continua!!!


Amanhã, oficialmente recomeçam as aulas. Tenho em minha alma uma profusão de sentimentos que me angustiam e me alegram. A luta dos professores em Greve está se tornando difícil, pesada. Muitos estão no bloco do “eu sozinho” em suas escolas. Tenho imensa admiração e respeito por todos os que lutam, pois sem lutas não há conquistas e sem conquistas não há  um futuro melhor! Agradeço à todos os companheiros que estão no “acampamento na Rua da Ajuda, em frente a Seeduc. O #soseducacao resistindo, abdicando de parte de suas vidas, do recesso merecido, pelo bem da categoria. São guerreiros, corajosos, fortes, convictos, admiráveis. Eles são exemplo, são destemidos e acreditam no “juntos somos fortes, venceremos”. Embora esse “juntos” não seja para todos os professores. Uma lástima, uma acomodação por parte dos que não pararam, não estão em Greve, não aderiram ao movimento da categoria decidido em assembléia democrática. Não dispensaram nem um tiquinho de seu tempo para apoiar, decidir nas assembléias, manifestar seu “possível” descontentamento sobre sua vida profissional. Os acomodados sabem perfeitamente que as conquistas, se pela luta forem conseguidas, serão distribuídas para todos indiscriminadamente. Então, para que me indispor? Para que parar? Ser descontado? Ficar “mal com a direção”? Se há alguém fazendo isso por mim. É, mas os fortes, os lutadores, os abnegados sempre serão as molas que movem o mundo, mudam conceitos, mudam, enfim! Me orgulho de lutar, de renegar esse governo vergonhoso que temos. Há um descaso, um desrespeito tão latente que causa repúdio aos que primam, almejam, sonham com uma sociedade mais justa e legalmente respeitada. Você, professor que “não está em greve”, que cumpre “todo que o seu mestre (sic) mandar”, tenha consciência que a luta é de todos e para todos. Então apóie o movimento, contribua de alguma forma com a categoria à qual você faz parte. Compareça “um dia sequer” à assembléia ou qualquer outro ato marcado pelo sindicato e veja com seus próprios olhos seus companheiros lutarem por toda uma classe, inclusive pro “você, não-grevista” Pense em quanto seria humilhante, vergonhoso, para os que estão na luta, retroceder, deixar de lutar, esmorecer e voltar às aulas, ao trabalho nas escolas com “o rabinho entre as pernas”, sem conquistas, sem vitórias. O governo ainda não nos deu nada que já não era nosso direito. Nada foi oferecido como “aumento do salário base”. Não há o que festejar. O governo simplesmente nos ignora, somos invisíveis, desconsiderados, apesar de tudo que já fizemos para sermos ouvidos e vistos. Então, “não-grevista”, pense em como seremos vistos pela sociedade? Somos ultimamente uma categoria desmotivada, desunida, desmerecida. Ainda não temos o apoio de toda a sociedade. Se a Greve acabar sem conquistas depois desse tempo todo, quase dois meses, como seremos considerados? Você pode responder sem sentir vergonha? Abrace essa luta #soseducacao, pois ela também é sua. Faça sua parte! Eu, particularmente, quero ter orgulho de ser o que sou e lutar por aquilo que acredito. Estou em Greve e estarei até que seja impossível continuar. E você? Também tem orgulho? Faça sua parte, apóie o movimento!


Irene Freitas
31/07/2011

sábado, 30 de julho de 2011

Um retiro

Deixarei meu mundo no silêncio.
Estarei em retiro voluntário.
Somente os mais chegados saberão.
Amigos são irmãos que escolhemos.
Postos em nossa vida pelo acaso.
Então aviso: não estou triste ou chorosa.
Gosto de estar no silêncio e na paz.
O bom amigo, compreende.

Irene Freitas
30/07/2011

Silêncio e escuridão!

É noite
Me debruço sobre a folha branca
Palavras pensadas à tarde
Voltem, por favor!
Tantos sentimentos, tantas lembranças
Faço turn off de todos os botões
Não há luz, não há som
E os companheiros da madrugada chegam:
Silêncio reconfortante
Escuridão reflexiva
Sinto-me tão bem assim!
O barulho urbano diminuiu
Só há os trabalhadores tardios
Voltando para casa, cansados.
As luzes noturnas piscam
Há erros e defeitos também nas máquinas
Meus pensamentos estão longe e perto
Como sempre, penso em você.
Com a tela aberta vendo seu recanto
Nos lugares onde sei vou te encontrar
Posso te ver sem você notar
Quantas vezes for meu querer
E nessa tarefa recordo
Tudo que você foi,
Agora voltou a ser
E por quanto tempo for
Para minha alma em paz
Um grande amor!

Irene Freitas
30/07/2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A espera de um Alô!




Essa angústia que me assola
Lágrimas contidas por vergonha
Sofrimento silencioso.
Queria sentir coisas diferentes
Me tornar indiferente
Não me preocupar com o outro
Não esperar coisas que não virão.
Meu ser é todo espera
Ansiedade controlada,
Desejos unilaterais.
Quero um amor completo
Ser pensamento constante de alguém
Ser saudades de estar junto
Ser sonhos acordados por todo o dia
Ser espera e prazer compartilhado.
Mas não sou esse sonho.
Sou um alguém qualquer
Uma companhia esporádica
Uma prazer carnal raro e sem promessas
Uma lembrança quando telefono
Um sumiço não notado, displicente.
Quero ser parte daquilo que dedico
Aos que me são caros e importantes.
Buscamos aquilo que distribuímos
Mas o retorno é tão demorado ou nulo!
Então me desligo do coração
Vou à cabeça, à racionalidade
Sofrendo sozinha
Chorando sem lágrimas
Sobrevivendo mais um dia
Como se não houvesse ontem ou amanhã
Lembranças ou desejos
Amor ou desamor
Como um ser inanimado
A espera de um Alô!


Irene Freitas
27/072011

domingo, 24 de julho de 2011

Todas as noites, um Vulcão!


Quero ter todas as noites que me restam
A ânsia de te encontrar,
Mesmo sabendo que não és meu.
Sei que trazes o prazer que preciso,
Cheio de paixão, entrega, doação,
E isso tudo basta a cada noite.

Teu rosto envelhecido pela vida
Não te tira o encanto viril,
A sedução que exala pelos poros,
Os olhos que dizem: estou aqui para você!

E te encontro plena para a entrega,
Do jeito que sempre me queres,
E tento descobrir na sua alma escondida,
O quanto de amor podes dar,
O quanto de viril podes ser,
O quanto do instinto pode explodir,
Pois a paixão não tem limites, mas pressa.
Esses corpos precisam se entrelaçar!
Tornar o Vulcão, incandescente!


Irene Freitas
11/07/2010

sábado, 23 de julho de 2011

Poeta Fingidor



Vou seguir-te para estar perto
Não sei ao certo
Quais caminhos tomar
Tenho alguns em mente
Guardados de um passado
Vias para ouvir tua voz
Marcar minha presença
Ver seu rosto desconhecido agora
Os caminhos me contarão,
Com a verdade como estás?
O que passa no seu coração?
Ou somente o que finges sentir?
Te busco onde não posso tocar-te
Acho as palavras, cores e nomes
Dizem como estás
Porém podem ser falsas
De um “poeta fingidor”
“que finge sentir dor”
Saudades, amor, paixão, melancolia
Mas será que são
“as que deveras sente?”
Proclama aos quatro cantos
Dores escritas com tantas cores
“E o que lêem o que escreve”
Sorriem, choram outras vezes
Transferem o seu coração
Para o “poeta fingidor”
E sentem a dor fingida.
Mas o poeta chora e canta
As dores de muitas almas
Vive em poesia a vida que cria.
Por isso meu poeta amigo
Adoro quando te encontro
Ler-te, não importa como
É um instante de prazer
Perpetuado em tuas páginas
Com tantas Cores e Nomes!

Irene Freitas

23/07/2011

As gavetas


O silêncio
A tristeza
As perguntas sem respostas
A espera sem fim
Um alô, um toque
Seria um sinal de alegria.
Porém, tudo isso é espera
Então, conformada
Fico calada
Abro as gavetas virtuais
Envelopes com mensagens
Acumuladas com o tempo
Vejo-as todas
Eliminando muitas delas
Leva os anseios e as esperas
Limpa nomes e sonhos
Acalma o coração entediado
Trazendo à realidade
Uma alma sonhadora
O mundo não é como esperamos
Ele é o que é, e pronto!


Irene Freitas
23/07/2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Voltando!

Estou triste!
Mas alguém do outro lado da linha de um telefone celular está feliz. Vi de minha janela, um rapaz gritando no fone e para quem quisesse ouvir:  EU TE AMO, tendo amigos como testemunhas. A rua, mesmo movimentada nos surpreende. Quem diria, um jovem ser capaz de tanto romantismo, mesmo na distancia. Que inveja!

sábado, 16 de julho de 2011

Silencioso Reencontro

O reencontro sem pretensão
Medroso, receoso, sem impacto
Há nessas almas tanto!
Um olhar que não revela...
Um beijo protocolar...
Palavras não ditas...
Segredos em cada uma (alma)...
Desculpas a pedir esquecidas
Deixam o passado para trás
Recomeçam do meio
Tentam outra vez
Ainda há carinho, afeto
Prazer em estar junto
É quase um encontro “primeira vez”
Não sabem bem o que dizer um ao outro
São corpos que se conhecem
Aqueceram-se em outro inverno
Cada um com suas culpas
Se sentem tímidos,
Adolescentes cinqüentões
Conversam amenidades
Saboreiam o vinho aberto
Descontraem-se aos pouquinhos
Voltando ao passado já vivido
Antigos hábitos retornando
Um sofá que cabe um só
Volta a ter dois, aconchegados
E na noite tardia
Se aquecem como outrora
Numa paz selada sem palavras
Sem desculpas, perdão ou explicação
E no amanhecer vai embora como antes
Deixando um carinho no beijo delicado
Então a porta se fecha, está só de novo
Mas com a esperança de muitas voltas
Com Amor, muito se perdoa com silêncio.

Irene Freitas
16/07/2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

GREVE, LUTA, CONQUISTA


A voz da multidão se fez ouvir
Depois de dias de silêncio
Sem linhas, sem som
Que os mostrasse ao universo
Agora todos sabem seu objetivo
É o som indignado
Sofrido por não ter sido ouvido antes
É a junção de tantas almas
Tantas angústias reprimidas
Sufocadas pelo poder reinante
Criaram coragem e
Unidos cantaram todos
Canções de protesto
Sátiras de fatos,
Rimas engraçadas
Com o coração orgulhoso
Exigindo direitos devidos
O maior, ser ouvido por todos
Agora é a hora de manter a união
De não deixar o caminho conquistado
Mesmo que se sintam cansados
Em frente! A luta é árdua
O inimigo muito forte e poderoso
A união faz a grande força
Que move a categoria para a luta
Pode chover, fazer sol ou frio
Estarão firmes e fortes
Qualquer vitória ou conquista
Terá valido a pena
Há perdas e decepções
Mas quem acredita segue lutando
Pois só assim se muda, homens e mundo
Esmorecer não é a opção
Tudo tem começo, meio e fim
E o nosso é Dignidade,
Respeito, Valor, Cidadania
Todos juntos pela EDUCAÇÃO!


Irene Freitas
15/07/2011                                             

terça-feira, 12 de julho de 2011

Vivo no silêncio

Horas da madrugada
A festa acabou
As cervejas se foram
O bolo uma delicia
Já não há mais sorrisos
Nem fofocas com os amigos
O parabéns é a senha
Para o final
Todos se foram
Agora o silencio impera
Volto ao meu lugar de sossego
A casa que tem minha alma
Aos cantos que me reconhecem
Ando de olhos fechados
Descobrindo: nada fora do lugar
Este é meu lar por inteiro
Tem meu cheiro, meu suor
Uma vida cheia de vida,
Com sonhos, passado e futuro
Poucos planos, vivendo somente
Na medida certa para ser feliz
Do meu jeito!

sábado, 9 de julho de 2011

Ninho Antigo


Olho ao redor, na solidão
Vejo o que não tenho
O que nunca tive
Somente em sonho adolescente,
Acalentado a vida inteira.
Desejo antigo, mas não vivido
Que ainda não sei, se realizarei.
Passo as noites a te esperar
Não sei seu nome,
Não sei quem és
Qual o teu rosto,
Ou quando vens.
E o ninho pronto.
Lindo, florido, todo arrumado
Espera ser um dia ardor
De um grande amor que espero ter
Enxoval comprado pensando em ti,
Está intocado, imaculado.
Não abro a porta, não faço uso.
Tristeza, insônia, enfim!
A noiva que espera
Um velho sonho realizar
Com amor constante, sempre presente
Bem cuidadoso, atencioso ao lado estar
Seu sonho antigo
De longa espera
Tornou-se então
Cotidiano bem dolorido
Também sofrido, decepcionado.
O tempo passa e sem opção
Decide abrir o quarto
Viver a vida, mesmo sofrida
Cabe ao destino, mudar o rumo
Com força e fé, vai esperar
Distribuindo o amor fraterno
Entre os amigos, que muitos são
A companhia fiel e amiga
Terá todos os dias
Um ombro para encostar,
Chorar todas as lágrimas.
Abra o quarto, tire a poeira
Desarrume tudo, esqueça o sonho
Viva a vida como puder
E Deus que tudo vê,
Tem planos para você.
Confie nele e mais Ele fará.


Irene Freitas
09/07/2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um frio solitário

Queria estar no Paraíso
Na latitude/longitude
22*24*02*61*S ... 42*57*40*02* O
Aconchegada em seu peito,
Sentindo-te junto a mim,
Com um vinho companheiro,
Me aquecendo ao teu lado,
Curando tuas dores conhecidas.
Subtraindo da alma a solidão,
Enchendo o espaço de risos
Sorrisos, afeto, calor da paixão.
Voltar ao passado, se possível
Fazer um novo presente,
Diferente, tolerante, paciente.
Mas não posso realizar o desejo.
Então fico aqui com meus sonhos,
Sem esperança, sem fios invisíveis
para me pedir que eu vá.

Nuvens de minha janela

Gosto de ver o céu, e me admirar com a beleza de cada manhã, noite, amanhecer, entardecer. De minha morada posso ver o céu em todas as janelas. Não tenho vizinhos fechando minha visão. Então vez por outra me lembro de paixão por nuvens, e vou ver como elas estão. Vejo as formas, cores, desfiadas, aglomeradas, espalhadas no horizonte como bolinhas de algodão e me lembro das estorias que minha mãe contava,com se fosse previsão do tempo.Também as vejo carregadas anunciando chuvas, medo, tempestades, trovões. São sempre uma possibilidade, uma beleza que não tem volta, pois não existem duas iguais. Essa da foto interromperu um telefonema animado. Pedi licença, e disse: peraí, tem umas nuvens lindas no céu. Vou fotografar e depois te ligo. Valeu tanto a pena, que elas tem até apelido, Vulcão! 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Você chegou tão de repente

Um amigo para o qual faltam palavras para o definirem. Pode ser tantas coisas além do que já é, que fica dificil escolher uma, duas, ou mais. Posso dizer que é raro, companheiro, simpático, dadivoso, alegre, gente fina, correto, simples, boa companhia. Fico aqui pensando, buscando meu dicionario mental para escolher mais algumas. Quem o conhece e tem o privilégio de tê-lo como amigo sabe do que estou falando. Minha vida ficou um pouco mais feliz, és um amigo masculino como se fosse uma grande amiga confidente, daquelas que não deixamos sair de nosso lado. Um beijão enorme.
De minha janela via a confusão na rua. Choveu demais e tudo estava alagado e engarrafado. Poderiam dizer. Ué, só é mais um dia de chuvas de verão no Rio de Janeiro! Mas não é bem assim que isso acontece. São as vidas de tantos, vários pensamentos no desespero. Como vou sair daqui? Como vou chegar em casa? Será que a chuva vai parar? Fora o pensamento coletivo sobre as possíveis tragédias com as pessoas mais desprovidas de recursos para suportar tal tormenta. E assim, como um dia qualquer, vou registrando em fotos, perpetuando um momento que vi de minha janela.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sou uma pessoa urbana. Gosto de cidades grandes com todo o seu movimento. Amo meu Rio de Janeiro, lindo, acolhedor, sempre com uma bela imagem para se ver. Andando de ônibus posso contemplar o que aparece e com minha máquina fotográfica amadora sempre na bolsa, colho os instantes como esse. Não é um privilégio morar aqui?

Outrora Invisíveis



Ando por ruas paulistas
Vejo figuras incomuns
Amores invisíveis outrora
Hoje permitidos
Talvez,  livres mais do que ontem
Tolerados por alguns
Protegidos por leis
São seres ontem camuflados
Amores sofridos intensamente
Olho essas pessoas
E percebo o quanto desse amor existe
E não se vê, não se mostra
Circulam em grupos de apoio
Porém, nesse dia feliz
Todos declaram e se orgulham
Amam, são amados
Buscam novos amores
Relembram os do passado
Festejam a liberdade
A luz, a diversidade
Que todos vivam o Amor
Em todas as suas formas
Somo todos iguais
Perante os homens,
Ás leis, à Deus!
Ainda bem!!!
                          

Irene Freitas
04/07/2011