quarta-feira, 30 de maio de 2012

Amor de outrora!


De um amor que fora intenso
Agora choro o seu fim.
De sonhos feitos juntos
Amargos se tornam no presente.
Homens e mulheres que não se entendem,
Buscam pedaços a completar seu Eu,
Mas não permitem roubar pedaços,
Daquilo que considram Seu.
Seu pensar...
Seu tempo...
Seu espaço...
Sua vida solitária por opção.
Compartilhar só alguns momentos,
Tão raros e tão distantes entre si.
Não há o Amor eterno de outrora
Onde tudo valia a pena,
E o mais importante era
"O prazer de estar junto"
Volta Amor, a ser intenso
e me faça feliz todas as horas.

Irene Freitas
30/05/2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Conversa alheia!


Conformismo!

Não precisa paixão. Mas sim se sentir bem!
Na volta diária do trabalho para a casa, já tarde da noite, sem querer ou pedir,  ouça as conversas alheias. A audição é um sentido involuntário. Então duas meninas contam seus segredos, frustrações, desencantos e tristeza com seus relacionamentos. Falar mal dos homens é uma constante em reunião de mulheres. DR, “discutir a relação” é o terror para os homens. E esse era o assunto no banco após o meu no ônibus. Conversa vai, conversa vem, uma delas soltou essa frase “não precisa paixão, e mas sim se sentir bem”. E começo então a refletir sobre como os estão os relacionamentos hoje em dia? Fica-se com o outro por conveniência. Por comodidade. Por “que já se acostumou com o outro”. Por exibição, quando vemos aqueles casais, digamos, fora do padrão social. Aqueles que surpreendem e nos fazem olhar novamente para eles, por várias razões ou às vezes por preconceitos mesmo. Não vou nomeá-los para não entrar no politicamente incorreto. Fica-se também por “não tem tu, vai tu mesmo”. Não há oferta para todos se igualarem. Então, enquanto não aparece outro nos padrões de nossos desejos, fica-se com o que se tem, agradavelmente ou não. Mas creia-me, sempre haverá uma razão para as pessoas estarem juntas. E nesse impasse na realização plena do amor, dedicado, afetuoso, cuidadoso com o outro, vai-se vivendo a vida mornamente, esquecendo-se de sonhos, desejos, buscas da felicidade de se sentir bem consigo mesmo e por tabela, com aquele que está ao seu lado.  Com essa situação, os pares não se dão conta da infelicidade parcial de ambos. Fecham portas, corações e seguem como se não houvesse um amanhã mais prazeroso. A paixão perdeu valor? Importância? É tão bom estar apaixonado! Por que com sentimento correndo nas veias, há tremores, suores, lágrimas, sorrisos exagerados. Um olhar infinito de alegria interior, pois há lembranças o tempo todo no pensamento. Há cheiros, há ansiedade do encontro, do abraço, do beijo mais e mais. Sabe-se como o outro é. O que ele gosta. Na rotina diária e nos caminhos percorrido, talvez olha-se  ao redor com mais empenho e quando algo se parece com o outro, um impulso de presentear invade a alma apaixonada para fazer feliz a quem se ama. E esse estado de espírito é benéfico, revigorante para o corpo e alma. São momentos tão sensoriais, tão sublimes, que me sinto decepcionada com o mundo que se tornou quase automático, ou então, pouco sonhador. As pessoas se preocupam sem ter sucesso e tudo que ele pode trazer materialmente. Mas isso tudo fica quando vamos embora de vez. E a alma? Como ela ficará? Bem eu quero que a minha flutue para onde for, leve e feliz por amar sempre!

Irene Freitas
16/05/2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Já sinto a solidão!



E a dor começa a se alastrar pelo meu corpo. Meu coração estraçalhado chora copiosamente a dor de te perder, a tua ausência. A ficha ainda não caiu por inteiro. Te sinto em tudo ao meu redor. Detalhes, lugares, objetos, cada pedacinho uma recordação. Depois de uma longa ausência pelos caminhos comuns da vida, retornei e estive ao seu lado por pouco tempo. Foi tão curto, pelo muito que ainda poderia estar. Meus olhos não viam lágrimas há tanto tempo. Meu corpo não sentia a angustia de agora. Meu viver não tinha essa solidão tão triste. A vida segue e não estarás mais aqui. Não tenho mais o cuidar-te. Preocupar-me. Estar atento à ti. Chego à casa a hora que for e vejo-a tão vazia. Faz-me refletir sobre meu futuro tão só, envelhecendo, e sem tua presença. O mundo ao redor requer minha atenção e soluções que não quero tomar agora.
Quero chorar tudo que puder. Quero gritar sem som a minha dor. Quero deitar na cama e sentir tua falta. Quero me conformar e seguir em frente. Fostes tão importante. Me fizestes muito do que hoje sou. Fui o centro das atenções por anos e agora tenho que conviver sem isso. Sem tua presença que me foi tão querida. Me perdoe se errei contigo. Se me deixei levar pelo egoísmo e te abandonei algumas vezes. Hoje, depois de ontem, é só um refletir constante, um pensar na vida que terei que levar daqui em diante. Sempre é assim depois que alguém se vai, sem nenhuma chance de voltar. Então, fostes embora, encontrar algo indescritível além da vida. Inalcançável para nós, mortais. Espero que eu tenha sido bom para ti e tenhas, por fim, encontrado a Paz, onde quer que seja o lugar para onde as almas boas como a tua vão, depois da morte do corpo. Adeus....


Irene Freitas
14/05/2012

sábado, 5 de maio de 2012

Festejar!


Tenho me sentido feliz. Meu coração em paz, conformado, me leva de volta aos meus prazeres solitários. Como os que seriam conjuntos e infinitamente melhores, não se realizaram, vou seguindo vivendo.
Gosto de decidir me expulsar de casa e ver a vida correndo ao meu redor. Me saber possível andar por terras nunca dantes pisadas, ou então rever com outros outros, lugares por onde passei e que embora possam ter sido com tristeza, hoje se tornam algo a se festejar e refletir, apreciando cada detalhe não visto no passado.
Sinto-me em paz! Aprendendo, desapegando, me distanciando de sonhos que sei não se realizarão. Então, consciente disso, vou levando a vida de “solteira no Rio de Janeiro” e muitas vezes, mais longe. Curtindo todos os meus eventos prediletos e mesmo sentando sozinha nos lugares e sendo curiosidade para os demais, vou enchendo meu coração de alegria, prazer e amor próprio. Sinto-me bem, sorridente, exalando calmaria na alma. Não podemos mudar a vida de ninguém, às vezes, nem a nossa. Porém, temos obrigação de fazer da nossa, uma história de mais alegrias que tristezas, de mais realizações que frustrações, de amar mais do que ser, possivelmente, amada na mesma intensidade, (ou nem isso ser, por menor que seja o sentimento).
Viemos ao mundo sem pedir licença e quando temos a responsabilidade de cuidar de nós mesmos, decidimos momo viver nossa vida. E eu hoje quero que a minha seja feliz, de paz, de amor (se houver) e principalmente, sem ferir ninguém. Aos que me amam, obrigada por isso. Aos que amo, cuidarei sempre, mesmo que não percebam. E se houver,  aos que me odeiam, (nossa! Pesado isso!) mando-lhes um ... Todos sabem o que é. Beijos! Hoje promete!

Irene Freitas
05/05/2012

terça-feira, 1 de maio de 2012

A vida, e suas surpresas!



Um sentimento tantas vezes causado à outrem, percorreu meu corpo e coração num flash rápido e dolorido. Ver-te assim, tão radiante, feliz, sorridente, sem mim? Os impulsos me levaram ao ódio repentino, à raiva que não cultivo, ao trincar de dentes furioso. Como? Não há nesse rosto iluminado, dores da separação? Lágrimas por um amor perdido? Não acredito que todo o sentimento outrora compartilhado por meses não tenha deixado sofrimento? Vejo pelo teu semblante, que a resposta é, Não! Estás visivelmente feliz. Percebo agora que a dor que tenho causado sem piedade ou compaixão à um ser que me cobriu de carinhos, afeto, dedicação, depois de ti e de nosso rompimento, vem se alojar em meu corpo e coração num instante, num relance, mirando tua imagem à minha frente. A dor física se une à decepção de não ter sido importante, de não haver nesse olhar, resquícios de lágrimas, de rostos insones e de pensamentos questionadores. Teu rosto é só felicidade!
Percebo então, nesse momento, cabisbaixo que a vida dá voltas e sempre volta ao mesmo lugar, às mesmas pessoas e o que fazemos com alguém, depreciando, desprezando, sendo indiferente, volta à nós mesmos para sentirmos na pele o que causamos ao outro, sem dó nem piedade. Todo o sentimento de rejeição, desamor, desprezo, invade minha alma e posso com o coração despedaçado mensurar a angústia, o sofrimento que causei.
Te ver feliz, sorridente, livre, resplandecente, com o rosto lívido e calmo, me mostra  o pouco que representei para você. Creio que meu estado de espírito hoje, reflete bem o ditado popular , “aqui se faz, aqui se paga”.


Irene Freitas
01/05/2012