terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Ser e parecer!

Quem hoje em dia faz isso..."abrir sua alma a alguém. Deixá-lo entrar em seu espírito, pensamentos, medos, futuro, esperanças, sonhos? Se existe, esse ser estará se desnudando por completo."... Mas o que temos visto é justamente o contrário. Pessoas cada vez mais se fechando, fugindo do amor, ou das "normalidades" que num amor existem...hoje é cada um para o seu lado...Sinto saudades de tempos passados, quase adolescencia, onde o amor era cultivado nos pequenos momentos em que estavam juntos...onde havia fugas para a reliazação desse inocente amor...sorrio com as lembranças...quem hoje se lembra do "primeiro beijo"...Tão raro! Como é bom saber que houveram pessoas tão dispostas ao amor, a fazerem felizes aqueles a quem amavam e suspiravam ao estarem lado a lado...vou parar senão não termino...nomes, feições, descobertas...era tudo tão bom!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Uma noticia ruim

Quando saí da escola queria um colo, um chameco, um aconchego, alguém com quem pudesse conversar e secar minhas lágrimas. Estou tão triste com as coisas ao meu redor, uma vida inteira, tantos percalços já superados e ainda continuo sendo uma ingênua, boba, imbecil e babaca. Há tanta obviedade, só eu não consigo vê-la, ou melhor, crê-la. De que me adianta ser legal, generosa (como diz a Rosa) se não obtenho uma paz na alma, um carinho, um afeto que pudesse estar comigo quando eu precisasse. Mais uma vez em minha vida precisarei me auto-sustentar. Me auto-fortificar e encobrir a tristeza que tenho na alma. Gostaria de ter um colo para chorar todas as lágrimas que tenho hoje. Alguém que me dissesse: "não fique assim, eu estou aqui".Procurei um colo, um aconchego. Não achei nenhum!

Irene Freitas
06/12/2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Somente Amor!

Mãos entrelaçadas
Num sinal de amor.
Mãos que conversaram
Demasiadamente.
Mãos carinhosas
Umas com as outras
Mãos atadas na escuridão
e no silêncio geral.
Atentos aos sons ao redor
Num relance de carinho
Demonstram um amor 
Outrora envergonhado
Escondido e talvez proibido.
As mãos 
E juntamente os corpos
Externam o amor hoje
possível e visível
O amor que se permite 
Ser público, sincero, real
aos olhos externos
Esse amor que não se envergonha
Não tem rótulos, não tem medos
Somente Amor!
Entre homens.

Irene Freitas
05/12/2012


Perguntas...

Segredos
Muitas vezes
Guardados tão bem!
Sofrendo sózinha
Angustiando a alma
Apertando o coração
Atormentando os sentidos
Mente que não pára
Confusões sem respostas
Incredulidade latente
Quero a verdade
Mesmo dolorosa
Pelo menos sincera
Dores são rituais na vida
Confiança deveria ser constante
Saber
Sofrer
Questionar
Entender
Justificar
Descobrir as razões
Em mim mesmo
Por existir tantas mentiras
Dissimulação
Desprezo
Desapego
Descaso
Puro e simples
Aff...duro aguentar!

Irene Freitas
05/12/2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Calmamente!


Sinto escapar pelos dedos
Aquilo que queria para mim.
Já há outros olhares,
Outras direções.
Meu coração se desapega.
Minha alma se acalma.
Tua ausência normal,
Incomoda menos que outrora.
Me acostumei com seu modo de ser.
Revolvi olhar para dentro de mim
E reencontrar o que sempre fui.
Dias, meses, anos passam.
A esperança ainda existe,
Mas a realidade me mostra,
Pouca coisa mudou!
Quanto tempo mais a esperar?
Tão incerta é a resposta.
O melhor é colocar em standy by.
Se vieres, ficarei radiante.
Ainda há sentimentos,
Porém não podem nortear minha vida.
Meu corpo emprestado por Deus,
Tem prazo de validade incerto.
Minha alma ainda procura e espera
Alguém que me ame como eu mereço.
Onde estará esse alguém?
Quem é esse cara?
Me ligue.
Toque a campainha.
Alô!!!  ou
Pode entrar!!!


Irene Freitas
26/11/2012

Gracias!

A chuva é fina.
A noite é fria.
Já é madrugada.
Há silencio.
Há sorrisos,
Um coração feliz.
Palavras de lembrança.
Se não há amor de um lado.
Existe amor do outro.
E assim descobrimos,
Que marcamos alguém.
Isso é tão bom!
Vou dormir feliz.
Obrigada...
Você sabe quem!
Sem dizer teu nome,
Vou me despedindo da noite.
Esperando o amanhã.
Sempre um novo dia,
Possibilidades e paixões.
Boa noite...
Beijos de montão!

Irene Freitas
26/11/2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Lágrimas na distância!


Um toque urbano moderno
Traz até mim uma mulher que sofre
A amiga de longa data,
A companheira de viagens,
Minha psicóloga particular.
Meu ombro amigo onde choro
As minhas dores persistentes
Dores de amar sem ser amada.
Hoje sou seu ombro,
Sou a audição paciente,
A razão em vez da emoção.
Sua voz chegando a mim
Pára por instantes
E então percebo pelo silêncio
Teu choro recomeça com as lembranças.
Com as tantas perguntas sem respostas.
Tanto conviver passado, hoje sem valor.
Tantos momentos felizes, esquecidos.
Por aquele que te causa a dor,
Ferindo sem arma alguma
Teu coração ainda apaixonado.
Esperando o tempo passar,
Para que tudo volte como antes.
Mas os olhos não conseguem ver o óbvio.
Não há, não haverá o retorno.
Corpo e alma choram angustiados,
Contaminam os olhos de quem ouve,
As lágrimas agora  são de ambas,
Por que são dores tão parecidas,
Já sofridas por tantas outras,
Temos sonhos tão simples,
Sonhos de todas as mulheres.
Vocês entenderam o que quis dizer.

Irene Freitas
16/11/2012



domingo, 11 de novembro de 2012

Um lindo dia de sol!



Na folha branca
No silêncio imposto
Na ausência repetida
As palavras certas
Não podem ser escritas.
Há que se ter cuidado
Para não ferir o Outro,
Mesmo que mereça
Todas as lamentações,
Todos os palavrões conhecidos
E buscados nas bocas mais malditas.
A arte não trouxe, ou então
Não aflorou o sentimento
A compaixão, o afeto.
Parece não habitar esse coração.
Olhar altivo, coluna reta.
Onde estão os gestos de carinho?
Pequenas atenções que sejam!
A educação recebida na infância?
Tanto tens na memória,
Mas falta tanto na alma!

Viver é um constante compartilhar.
Eu sei, então ensino.
Eu aprendo com todos.
Se tenho, posso dar.
Se recebo, agradeço o carinho.
Ninguém nasceu da “explosão”.
Houve amor, houve pares.
Corpos se encontrando.
Pequenos elementos se unindo.
Criando seres, pequeninos.
Um corpo materno sustentando.
Dores sentidas, mas alegres.
Uma vida a mais nesse mundo.
Cada momento passado,
Por mais só que tenha sido,
Antes ou depois, houve alguém!
Então, dê valor ao que recebe.
Aprenda a dar também
E, principalmente, a agradecer!
Viva com Paz e Amor na alma.
Repetindo o poeta experiente,
“É impossível ser feliz sozinho.”


Irene Freitas
11/11/2012
22:47

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dia do Poeta (2)


Agora chora a poeta
Recordando poesias, abraços
Madrugadas silenciosas e felizes.
Nos fios invisíveis circulava
Uma paixão momentânea,
Repleta de palavras doces
Recém escritas e sinceras
Ao esperar o encontro virtual.
Também as lágrimas de hoje
Levam-na ao frio da serra,
Ao vinho celebrante
Ao calor de corpos ardentes,
Ao sem pudor de estar junto.
Éramos almas em conflito
Mas que se doavam sem temor.
Hoje, aqui no silêncio
A distância se torna pequena.
As vozes se encontram de novo
E o que era rancor,
Dá lugar a uma alegria disfarçada.
Que bom, que ainda somos amigos
E temos tanto a nos falar!


Irene Freitas
22/10/2012

domingo, 21 de outubro de 2012

Chuva Abençoada!


A chuva chegou aqui. Ponho a cara na janela para sentir o cheiro da chuva, molhar meu rosto, já que não moro em casa para poder ir ao quintal e tomar banho de chuva, como na infância. Fecho os olhos. Sinto o vento embaraçar meus cabelos e lembro-me de um dia assim, bem longe daqui e muito feliz. Sempre penso na chuva lavando a alma, e mesmo tão restrito meu proveito, preciso dessa lavagem. Sentir a natureza bela, mesmo que temerosa, fazendo as coisas, as pessoas se renovarem com a água limpa que chega do céu. O cheiro impregna todo o ar. Não tenho mais minha infância, nem meu quintal para me deliciar com essa água abençoada. Minha alma se acalma, os pingos me tiram a angústia do rosto e o pesar de não ser aquilo que gostaria para alguém. Porém me sinto feliz com ela! Bom demais! Que os pingos da chuva sejam benéficos para muitos!

Irene Freitas
21/10/2012
21:26
(horario de verão)

sábado, 20 de outubro de 2012

Dia do Poeta

Meu poeta fingidor
Sempre abrindo o coração
Nas cores e nomes desse mundo
De tantos sonhos, devaneios
Leitura cotidianas,
Sobre o céu, sonhos,
Das flores, amores, 
Felizes, reais ou não.
Do caminhar popular,
Das madrugadas frias da serra,
Da insonia amiga.
Lembro hoje com carinho,
Das palavras que encantam sempre
Fisgam almas boas ou más,
Consegues colocar sorrisos
às vezes, lágrimas também
Naqueles que ao teu canto visitam
Seja a hora que for,
Não importa definições temporárias,
Pois, ao passar por aqui (teu refugio)
Sempre se vai embora
Melhor do que ao chegar.
Tocas com suas doces palavras,
Almas, corações, sentimentos
E te tornas "inesquecível".
Ao "mostrar-nos sua alma...
cada cômodo...cada cantinho...
seja nosso sonho...te amamos de verdade
ficaremos mais felizes..."
Fazendo-nos admirados eternos
de todas as suas Cores e Nomes
Repousando hipoteticamente
Na varanda de sua casa!


Irene Freitas
20/10/2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fato imutável!!

Não é tirando as pessoas como faceamigos, que as coisas deixam de existir...um fato é um fato...consciência é consciência...nada se perde enquanto existirmos...as lembranças, a memória de uma forma ou de outra nos trazem aquilo que queremos apagar...
Irene Freitas
18/10/2012

sábado, 6 de outubro de 2012

Retribuindo!

Paulo, amigo querido
Com surpresa vi meu nome no seu espaço cheio de cores e nomes. E não imaginas o quão feliz me fizestes. Tinha em meu coração algumas dores e tristezas ao abrir teu blog, imediatamente aplacadas com suas poucas e doces palavras. És tão bom nisso, em palavras, coração, sentimentos, não canso de afirmar.
Seriam muitas palavras e/ou adjetivos para te definir por inteiro. Algumas delas impublicáveis e sabes por que. Porém o que importa de verdade é como encantas todos os dias, tantas pessoas, amigas ou anônimas, simples ou costumazes visitantes com teu doce poetar. Nunca perca esse dom tão divino, privilegiado, cativante e contagiante de escrever. Sempre haverá visitas minhas, e um sorriso (algumas vezes lágrimas) ao ler-te com prazer. Bom final de semana para ti...nesse lugar mágico!

P.S. Também nunca perca seus escritos. Salve-os no papel impresso. É a maior/melhor garantia de perpetuação. Espero o seu belo livro.

Beijos de montão.
Irene Freitas

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Gangorra!


Fui lá onde sei te encontrarei
E vi, és feliz sem mim!
Então meu coração apaixonado
Desceu gangorra abaixo,
Não há peso no outro lado,
Que o faça se equilibrar de novo
Meu amor, meus desejos por ti
Foram pequenos, insuficientes.
E hoje estou triste demais.
Sentimentos de frustração,
O telefone está mudo
A caixa de email vazia
Nenhum sinal teu para me alegrar.
Meu sentimento está destroçado
Teu sorriso estampa imagens distantes
Os lugares denunciam: não estás só
E com isso percebo,
Sou um amor não correspondido.
Os impulsos me levam e constatam,
Imagens falam mais que mil palavras.
E vejo, entristecida, estás longe
És  feliz sem mim!


Irene Freitas
18/09/2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

É só esperar!

Apesar de todos os erros
Apesar de alguns acertos
A gente vai levando a vida
"Vivendo e aprendendo a jogar,
Nem sempre ganhando,
Nem sempre perdendo,
Mas... aprendendo a jogar"
Esse jogo complicado e insano
Relacionado ao Amor desejado.
 Irene Freitas
30/08/2012

domingo, 26 de agosto de 2012

Acreditar!

A gente não precisa que nos apontem nossos erros, desacertos, injustiças feitas aos outros. Nossa consciencia faz isso! Em todas as crenças, há alguma forma de "ajuste" entre o bem e o mal praticados em vida...Uns creem na reencarnação. Outros em Céu e Inferno, e por ai vai... Estamos morando nesse mundo temporariamente. Não sabemos o futuro. Então cabe a nós decidir e assumir as decisões tomadas...
Uma coisa é certa e justa Ele, Deus Todo Poderoso, seja na forma que for, saberá dar a cada um o que lhe é devido... acreditem ou não! Esse mundo existe, com todas as suas maravilhas de uma forma inacreditável e com certeza há uma Força Superior por tras de tudo isso. O que nos resta, como simples mortais, é Respeitá-La!

Irene Freitas
25/08/2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pensando!



Redemoinhos, pensamentos
Angústia, silêncio infinito
Perguntas sem respostas
Desejos reprimidos em respeito a ti.
Faltam palavras para entender-te
Sobram as que declararam meu amor.
E a espera é só o que tenho
Não sei por quanto tempo
Minha alma apaixonada esperará.
Ela tem feridas demais
De sofrimentos passados,
Por verdades descobertas,
Tanto perdoou sem saberes.
Já não há mais lágrimas,
Muitas houveram no meu rosto
E nem por isso algo mudou.
A lógica "sentimental" não é essa
É fazer feliz a quem se ama,
E receber tanto quanto amor que oferta.
É ter o "estar junto" um desejo mútuo,
Sem hesitações nem desculpas.
Quem dera o desejo pudesse abrir
Corações, mente e alma do ser "amado"
E fazer do sonho constante
Um encontro apaixonado,
Sem hora para começar
Nem terminar,
Por que amar é muito bom!

Irene Freitas
24/08/2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Tenho Fé


Sentimentos desconhecidos
Guardados nos confins da alma
Palavras contraditórias
Como saber a verdade?
Como encontrar/abrir seu coração?
Como fazer-te ofegante com minha presença?
Fazer-te sentir minha falta?
Pedir meu carinho?
Quereres estar junto a mim, sinceramente?
As horas passam e o silêncio continua.
Os sons não quebram a rotina
Não há indícios de tuas saudades.
O ir e/ou fazer diário sem surpresas.
Então a decepção torna-se companheira.
De minhas lembranças e pensamentos.
A angústia de não ser amada por ti
Me torna tão desesperançada,
Indigna de teu querer.
O tempo de espera silencioso
Me traz um conforto doloroso
Mas necessário no momento.
Quero ainda ter-te ao meu lado,
Da forma que me queres ter.
O amor sempre vale a pena.
O estar junto são pedaços de felicidade
Preenchendo meu coração
Hoje dolorido e ansioso.
Venha como puderes vir
E eu te receberei com o mesmo amor
Que sempre me propus te dar.


Irene Freitas
20/08/2012

sábado, 18 de agosto de 2012

Ser ou não Ser

Não sou um ser invisível,
Uma vida em vão.
Na minha ancestralidade,
Trago os traços de minha mãe,
A bondade de meu pai,
O nome que me faz cidadão.
Tenho marcas em meu corpo,
Me dizendo ser filha de quem sou.
E do mesmo modo que recebi,
Deixo em minhas filhas,
Alguns pedaços meus,
Visíveis ou não.
Da vida construída por mais de meio século,
Trouxe comigo as feridas,
E conquistas de batalhas diárias,
Moldando o que hoje sou.
Nesses vários anos, vieram
Amigos sinceros,
Trabalho honesto,
Família, com seus prós e contras
Prazeres possíves
Amores vividos, felizes ou não.
Recordações na memória,
Palavras postas ao público,
Registros em fotos,
Minha paixão contínua.
Esperança, ainda no ser humano
Aos quais amo com todas
As falhas e defeitos.
Então,
Não sou um ser invisível,
Sou Maria Irene,
Filha de João e Maria,
Mãe de Rebeca e Marina.
Irene Freitas,
Sensata57.

Irene Freitas
18/08/2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Feridas!

O silêncio impera ao meu redor.
Os sons urbanos são os da rotina,
Não interferem em meus pensamentos
Agora tão tristes e reflexivos.
A compreensão de atos alheios
Não chega ao meu lado racional.
Há dor no coração apaixonado
Ferido com palavras ao longe
Sem olhares, sem tua presença.
Os fios invisíveis do mundo atual
Tornam-se armas sem precisar estar perto.
O olhar revelador e sempre desviado
Não poderá ser encarado
Para descobrir as verdades e/ou mentiras
Contidas secretamente.
Seres humanos indecifráveis
Um passado glorioso, digno e atuante.
Vida de segredos, histórias, incógnitas.
E à minha alma pergunto:
Então o que se ama?
O que se conhece para amar?
Ama-se o desejado?
Ama-se a presença, a companhia?
Ama-se o que não se tem por completo?
Ama-se o impossível?
Faltam-se as respostas,
Como sempre faltaram.
No presente, tenho lágrimas
Perplexidade, angústia do não saber
Há tantos defeitos, tantas falhas
Tantas respostas silenciosas e não ouvidas
Ou sutilmente escondidas em meu coração.
O amor cega-me.
Mas as evidencias me afrontam,
E eu me recuso a ver,
Para viver poucos momentos,
Que no fundo eram só meus!


Irene Freitas
14/08/2012
10:17 h



domingo, 12 de agosto de 2012

Mesmo que...

Depois de tantas falas alheias, tantos olhares de "fora", é dificil admitir "Não gosta de você". Mesmo que haja tempo. Mesmo que a distancia seja pequena, mesmo que hoje esteja solitário, as coisas não mudam. Mesmo que as oportunidades de estar junto se multipliquem, não há, não vejo o teu apreço por mim. Qualquer outro ser, qualquer outro espaço, qualquer outro caminho não é ligado ao meu. Depois de tempos de espera, de insistências, só me resta o conforto de amigos e amigas, o meu espírito espontâneo e destemido para continuar fazendo aquilo que amo demais e mesmo sozinha, vou tentando ser feliz do jeito que sou. Não vou esperar a tua velhice, a tua necessidade de cuidados para estares junto a mim. Quero o "estar junto" agora. A vida é curta e única, para deixar para depois o que se pode fazer hoje. Quero viver a "juventude" que ainda me resta para sorrir e ser feliz todos os dias, contigo ou não!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

DONKA


O prazer...


O encanto, a beleza, o olhar fixo acompanhando os movimentos tão precisos, tão deslumbrantes. Os pensamentos não conseguem acompanhar o olhar e rsponder às perguntas que vem à mente a cada gesto, à articulação, ao salto no ar, à leveza do conjunto que foi a peça Donka, no Teatro Carlos Gomes, no dia 05/08/2012.
A admiração brota em meu ser perplexo. Valeu cada hora esperada. Cada volta dada no meu Rio de Janeiro para passar o tempo. O esperar sentada na Praça Tiradentes e ver a performance dos artistas que lá se apresentavam. Valeu ver as pessoas que caminhavam pela praça, voltando para casa depois de um dia de trabalho ou então em busca das opções de lazer no entorno. Valeu a solidão de assistir sem alguém para trocar idéias, exclamações de êxtase, e comentar o evento. Os aplausos, repetidos em cada apresentação perfeita foram merecidos.
Meu leigo olhar guardará para sempre esse “Espetáculo”. Sim, com maiúsculas, por que é o mínimo que posso dizer dele aqui no texto. Amei assistir, aplaudir, me encantar por inteiro por Donka.

Irene Freitas
08/08/2012

domingo, 5 de agosto de 2012

À Belém, amém!



E eu me deixo no silêncio,
À espera de saudades em seu coração.
Foram horas além da conta,
Nos trouxeram momentos mágicos.
Um estar feliz sem muitas palavras.
Os sorrisos raros outrora,
Hoje estão conjuntamente nos rostos.
A intimidade da cama conjunta
E os detalhes do viver sem ti, ignorados
Agora te conhecendo pouco a pouco.
Compartilhando valores e pesos,
Andanças por lugares que ninguém vai.
O duo caminhar diário sem exceção,
Sem faltar a cerveja para refrescar,
A  caipirinha amiga para acompanhar.
O peixe frito diário, o açaí e a farofa.
As igrejas de minha fé.
A História de seu labor,
O povo simples do Ver-o-peso.
O povo chique da Estação das Docas.
Os rios como se fosse mar,
Os barcos, grandes ou pequenos,
Divertindo ou assustando.
Mas nos levando sempre juntos.
A Praça da República de nossa janela,
E o amanhecer encantador,
Com o sol brilhando fortemente,
Anunciando o imenso calor a enfrentar.
Olhares no mesmo sentido,
Pensamentos insuspeitos um do outro
Custariam caro me/te revelar?
Pagaria o que fosse para eu/tu os descobrir.
Qual a beleza que mais me/te encanta?
O que me/te importa aqui?
O conhecer encantador?
A contemplação pura e simples?
Os sonhos antigos de formas diferentes?
Ou a simples companhia um do outro?
Não quero saber as respostas.
O passado agora são lembranças boas.
Você estava lá comigo, é o que importa.
Isso me basta!

Irene Freitas
05/08/2012