sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Lágrimas na distância!


Um toque urbano moderno
Traz até mim uma mulher que sofre
A amiga de longa data,
A companheira de viagens,
Minha psicóloga particular.
Meu ombro amigo onde choro
As minhas dores persistentes
Dores de amar sem ser amada.
Hoje sou seu ombro,
Sou a audição paciente,
A razão em vez da emoção.
Sua voz chegando a mim
Pára por instantes
E então percebo pelo silêncio
Teu choro recomeça com as lembranças.
Com as tantas perguntas sem respostas.
Tanto conviver passado, hoje sem valor.
Tantos momentos felizes, esquecidos.
Por aquele que te causa a dor,
Ferindo sem arma alguma
Teu coração ainda apaixonado.
Esperando o tempo passar,
Para que tudo volte como antes.
Mas os olhos não conseguem ver o óbvio.
Não há, não haverá o retorno.
Corpo e alma choram angustiados,
Contaminam os olhos de quem ouve,
As lágrimas agora  são de ambas,
Por que são dores tão parecidas,
Já sofridas por tantas outras,
Temos sonhos tão simples,
Sonhos de todas as mulheres.
Vocês entenderam o que quis dizer.

Irene Freitas
16/11/2012



4 comentários:

  1. Amei!!!
    Você disse tudo.
    Elisa

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  2. As dores compartilhadas ficam menos pesadas. Também os ombros amigos ficam macios como travesseiros pelo tanto que foram banhados e enxaguados pelo pranto comum. A palavra que conforta é a mesma que corta as ilusões. Momentos da vida. Olhares amigos.São outros os amores aqui descritos em versos. Belos momentos; belos versos!!

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  3. Seu blog continua lindo...
    Beijos e espero que seu dia seja maravilhoso!

    Ani

    http://cristalssp.blogspot.com.br

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