sábado, 18 de agosto de 2012

Ser ou não Ser

Não sou um ser invisível,
Uma vida em vão.
Na minha ancestralidade,
Trago os traços de minha mãe,
A bondade de meu pai,
O nome que me faz cidadão.
Tenho marcas em meu corpo,
Me dizendo ser filha de quem sou.
E do mesmo modo que recebi,
Deixo em minhas filhas,
Alguns pedaços meus,
Visíveis ou não.
Da vida construída por mais de meio século,
Trouxe comigo as feridas,
E conquistas de batalhas diárias,
Moldando o que hoje sou.
Nesses vários anos, vieram
Amigos sinceros,
Trabalho honesto,
Família, com seus prós e contras
Prazeres possíves
Amores vividos, felizes ou não.
Recordações na memória,
Palavras postas ao público,
Registros em fotos,
Minha paixão contínua.
Esperança, ainda no ser humano
Aos quais amo com todas
As falhas e defeitos.
Então,
Não sou um ser invisível,
Sou Maria Irene,
Filha de João e Maria,
Mãe de Rebeca e Marina.
Irene Freitas,
Sensata57.

Irene Freitas
18/08/2012

2 comentários:

  1. Salve !!! É isto mesmo, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"... E, além do mais, a velha frase de que "o essecial é invis´vel aos olhos" se faz valer. há pessoas que olham, há pessoas que vêem; é uma questão da ótica da alma. Belo texto, lindo poema : terno,verdadeiro, revelador de todos os resíduos que formam uma vida!

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  2. Errata: O essencial !!!

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