terça-feira, 14 de agosto de 2012

Feridas!

O silêncio impera ao meu redor.
Os sons urbanos são os da rotina,
Não interferem em meus pensamentos
Agora tão tristes e reflexivos.
A compreensão de atos alheios
Não chega ao meu lado racional.
Há dor no coração apaixonado
Ferido com palavras ao longe
Sem olhares, sem tua presença.
Os fios invisíveis do mundo atual
Tornam-se armas sem precisar estar perto.
O olhar revelador e sempre desviado
Não poderá ser encarado
Para descobrir as verdades e/ou mentiras
Contidas secretamente.
Seres humanos indecifráveis
Um passado glorioso, digno e atuante.
Vida de segredos, histórias, incógnitas.
E à minha alma pergunto:
Então o que se ama?
O que se conhece para amar?
Ama-se o desejado?
Ama-se a presença, a companhia?
Ama-se o que não se tem por completo?
Ama-se o impossível?
Faltam-se as respostas,
Como sempre faltaram.
No presente, tenho lágrimas
Perplexidade, angústia do não saber
Há tantos defeitos, tantas falhas
Tantas respostas silenciosas e não ouvidas
Ou sutilmente escondidas em meu coração.
O amor cega-me.
Mas as evidencias me afrontam,
E eu me recuso a ver,
Para viver poucos momentos,
Que no fundo eram só meus!


Irene Freitas
14/08/2012
10:17 h



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