domingo, 5 de agosto de 2012

À Belém, amém!



E eu me deixo no silêncio,
À espera de saudades em seu coração.
Foram horas além da conta,
Nos trouxeram momentos mágicos.
Um estar feliz sem muitas palavras.
Os sorrisos raros outrora,
Hoje estão conjuntamente nos rostos.
A intimidade da cama conjunta
E os detalhes do viver sem ti, ignorados
Agora te conhecendo pouco a pouco.
Compartilhando valores e pesos,
Andanças por lugares que ninguém vai.
O duo caminhar diário sem exceção,
Sem faltar a cerveja para refrescar,
A  caipirinha amiga para acompanhar.
O peixe frito diário, o açaí e a farofa.
As igrejas de minha fé.
A História de seu labor,
O povo simples do Ver-o-peso.
O povo chique da Estação das Docas.
Os rios como se fosse mar,
Os barcos, grandes ou pequenos,
Divertindo ou assustando.
Mas nos levando sempre juntos.
A Praça da República de nossa janela,
E o amanhecer encantador,
Com o sol brilhando fortemente,
Anunciando o imenso calor a enfrentar.
Olhares no mesmo sentido,
Pensamentos insuspeitos um do outro
Custariam caro me/te revelar?
Pagaria o que fosse para eu/tu os descobrir.
Qual a beleza que mais me/te encanta?
O que me/te importa aqui?
O conhecer encantador?
A contemplação pura e simples?
Os sonhos antigos de formas diferentes?
Ou a simples companhia um do outro?
Não quero saber as respostas.
O passado agora são lembranças boas.
Você estava lá comigo, é o que importa.
Isso me basta!

Irene Freitas
05/08/2012




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