domingo, 21 de agosto de 2011

Hoje, igual à ontem!


Tudo igual como no passado.
A mesma correria,
Trabalhadores apressados
Procurando um lugar para sentar
Nos bancos ainda desconfortáveis.
As portas que não fecham totalmente.
O barulho é igual há décadas!
O mesmo balanço de quando jovem
Onde está a evolução? A tecnologia?
O povo pobre e sofrido
Recebeu ontem, e ainda
Recebe hoje o mesmo serviço
Ruim, sujo, desagradável
Outras opções são caras, inacessíveis.
O pequeno e pouco espaço, é dádiva
Logo fecham os olhos,
Para o cochilo necessário
Depois de horas de trabalho.
Quantos tipos, mas ainda iguais
Aos do meu passado, décadas atrás.
Os ambulantes, agora jovens
Sem qualificação e estudo.
Idosos a completar
As parcas aposentadorias do INSS.
Agora sou eu a fechar os olhos.
Recordando o passado difícil
Percebo,  nada mudou.
O povo sofrido de outrora
Envelheceu, criou os filhos
Mas continua sendo tratado
Sem respeito, sem dignidade
No uso diário dos trens do Rio de Janeiro.


Irene Freitas
21/08/2011

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