domingo, 20 de novembro de 2011

Alma atormentada!

Quem sou?
Para mim mesmo
E para os outros?
Tenho tantas palavras
Tantas informações em meu ser
Mas não consigo me definir.
Não tenho um amor verdadeiro
Ou tenho e maltrato.
Não ando de mãos dadas pela rua.
Não tenho sorrisos em meu rosto.
Não rio compartilhado.
Não me torno moleque, criança
Ao estar ao lado de alguém que me quer.
Caminho tanto e estou sempre só.
Ao amor que me dedicam
Fecho os olhos e não permito
Se concretizar com felicidade,
Para nenhum dos dois.
Coloco mágoas e mais mágoas
No coração apaixonado
Que me ama
Que me busca
Que quer estar perto
Alegremente
Com o prazer de estar junto.
Firo com meu silêncio
Com minha distância
Com meu desapego e descuido.
Então como posso esperar
Algo bom, feliz, para minha alma?
Solitária
Carente de afeição
Tanto dando como recebendo.
Sofro decepções
Mas não consigo perceber
Que as causo também
Com meu jeito de ser
Tão particular e impenetrável.
Segredos que me tolhem
Me inibem, me fazem uma incógnita.
Aquela alma generosa e paciente
Que apareceu em minha vida
Que não perde o entusiasmo
De me ter perto e presente
Um dia cansará de sofrer e esperar
Uma demonstração de carinho e afeto.
E quando eu me der conta
Do descaso escancarado
Que tenho cometido,
Essa alma já estará esvaziada
Do amor, do sentimento a mim dedicado.
Então, enfim reconhecerei
O amor que um dia tive,
Com a intensidade de ser verdadeiro.
Que por orgulho, não concedendo espaços
Em meu coração fechado, lacrado
Deixei escapar.
Aí só chegarão a mim nesse dia reflexivo
As lágrimas, a tristeza
Que por vários momentos provoquei.
Preciso urgentemente me descobrir
Saber o que quero para mim.
Abrir meu coração,
E me deixar levar por tudo
Que Deus e o mundo tem me oferecido.
É hora de despertar
Antes que a idade avance
Que tudo ao meu redor
Se torne, sem volta
Só lembranças do que não fui
Feliz, Amando e sendo Amado!


Irene Freitas
20/11/2011

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