quarta-feira, 6 de março de 2013

Caminhos

 
E o caminho nunca foi fácil. Eram lutas constantes, sem saber o resultado, sim ou não. Não havia mãos dadas, companhia para o caminhar. Pareciam direções opostas, ou um à frente e o outro atrás e com dias de diferença. E no meio desses caminhos algum encontro em cruzamentos tênues e raros. E no percorrer tão longínguo, a tempestade chegou com trovões, ventos, raios e aflição, levando os dois para lados tão raivosos que se desencontraram e se perderam de vez. Não há bússola, mapas, linhas retas ou curvas que possam endireitar ou retomar o caminho, para ambos seguirem adiante e juntos. Cada qual com seus pensamentos, cicatrizes a curarem na solidão. Perdão, um repensar longo e cuidadoso. Prós e contras difíceis de conciliar. Não  havia um sentimento forte que pudessem fazê-los andar no mesmo caminho e agora, depois da tempestade tão bravia o retornar é tão utópico, quase sureal, pois nunca houve o costume do perdoar, da desculpa, do saber-se estar errado e tentativas de estar junto com amor. Não há nos olhares o sentimento do coração apaixonado.
 
Irene Freitas
05/03/2013
 
 
 

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