sábado, 9 de março de 2013

O Silêncio Doloroso!


O pior de tudo é o silêncio imposto. São as perguntas sem respostas. As tentativas infrutíferas de contato, o mínimo que fosse. Não há como quebrar barreiras e agir de forma impulsiva, buscando o encontro por meios vergonhosos e humilhantes. Não há batidas à sua porta. Não há  cruzamentos nos caminhos por onde  te encontraria. Fica a tristeza de não poder conversar por qualquer meio que fosse, apesar de todas as tentativas amigáveis e educadas para isso.

São as perguntas sem respostas. O constatar melancolicamente “que não se importa, e nunca se importou”.

Não há remorsos. Não há arrependimento. Não há sentimentos bons para amenizar a dor causada ao Outro.

Seus olhos seguem em frente, altivo, como se não houvesse um passado sujo, condenável, feio, desonesto, covarde, insensível, embora as atitudes sociais queiram mostrar que tem sentimentos. Redes de solidariedade, encontros ecumênicos, cursos, atividades sociais em prol do próximo, lutas passadas contra ordem pública, etc. Será só uma fachada? Mascarando uma alma impiedosa? Quem vai saber? Só a consciência que desperta e acusa no travesseiro e na solidão.

Seu entorno desconhece a alma má, sem pudores, sem sentimentos fraternos de compaixão pelas pessoas que lhe amam com sinceridade.

Dane-se o Outro. Sou aquilo que quero ser. Livre, leve e solto. Mas na alma ainda está “Procurando.....esperando”. Encontrará? A resposta à Deus pertence.

Os erros são só passado. Parte da vida, sem mover mundos ou fundos para corrigi-los. Pedir perdão, desculpas a quem quer que seja, não faz parte do seu modo de ser.

A máscara abre portas femininas. Impressiona, convence, encanta. Por dentro, envergonha-se (será?) a si mesmo. A alma ninguém vê e então segue sendo aquilo que não é. Um ser humano digno, decente, crédulo, honesto.

Fatos são fatos. A interpretação deles é que pode ser diferente de uma pessoa para outra. Mas como não acreditar nos conceitos definidos através das atitudes? Comportamentos? Análises  psicológicas? Ainda acredito no ser humano, e que você não é assim!

Irene Freitas

09/03/2013 23:18


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